Saiba porque a saúde e economia andam lado a lado
A pandemia causada pela Covid-19 gerou muitos gastos e altos investimentos para governos do mundo todo de uma maneira inesperada. Aqui no Brasil, a situação da economia segue o mesmo rumo das demais nações atingidas severamente pelo coronavírus.
Com o crescimento da dívida pública, criação de programas de ajuda financeira e injeção maciça de recursos na saúde o país já passa dos R$600 bilhões de reais em medidas para combater a doença, impactando diretamente nos cofres da união.
Impactos na indústria, comércio, e serviços
A necessidade de isolamento social para conter o avanço da Covid-19 fez os principais setores da economia entrarem em queda livre. A princípio, a indústria foi mais prejudicada, pois somou uma redução brusca de demanda com a paralisação da produção.
Mas, a partir do ponto mais crítico da crise, entre abril e maio, cada setor teve uma retomada em dinâmicas diferentes. Então, com as políticas de incentivo fiscal e preservação do emprego criadas pelo governo federal, beneficiaram-se a indústria e o comércio de bens. O grande vencedor foi o comércio eletrônico, que registrou altas recordes de faturamento mês a mês e a adesão de novos clientes em ambiente digital.
Impacto no consumo
As principais medidas de resgate tomadas pelo governo durante a crise focaram no incentivo ao consumo. Além do Auxílio Emergencial, que despejou sozinho mais de R$ 300 bilhões na economia, houve a permissão de saque do FGTS emergencial, que tentou recompor as perdas de renda da população com a pandemia.
Pelos cálculos da 4E Consultoria, ainda haverá queda da massa efetiva de renda da ordem de 4,9% em relação ao ano passado. Mas, não fossem as medidas de incentivo, a redução seria de 12,6%.
As medidas foram fundamentais para resultados tão positivos como os do comércio. Como houve restrição mais severa do consumo de serviços, surgiram dois efeitos: maior concentração de gastos em itens básicos e crescimento da taxa de poupança.
Pelos cálculos do Ibre/FGV, a procura por alimentos e a desvalorização cambial fez subir, em média, 67% dos custos de produtividade industrial, trazendo de volta as preocupações com a inflação.
Impacto na Inflação
O descompasso entre oferta e demanda, a desvalorização do real e a retomada econômica da China resultaram em uma combinação perversa para a inflação em 2020. Os analistas consultados pelo relatório Focus, do Banco Central, estimam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vai encerrar 2020 acima do centro da meta do governo, de 4%. No auge da crise, em junho, a projeção era pouco superior a 1,5%.
Com as medidas de distanciamento social, o Brasil enfrentou inicialmente uma crise de oferta, seguida por uma de demanda. Desse modo, as empresas tiveram de paralisar parte ou toda a produção, e a renda de boa parte da população foi interrompida.
Com o Auxílio Emergencial, o país conseguiu retomar a demanda, mas sem que a produção das empresas acompanhasse o mesmo ritmo — resultando em alta dos preços em vários grupos da economia, sobretudo em alimentos e bens industriais.
Então, nesse cenário de descompasso, somaram-se ainda a desvalorização do real e a pressão de custo das matérias-primas, influenciadas pelo mercado doméstico e também por uma demanda crescente da China. O gigante asiático é um grande importador de commodities do Brasil — minério de ferro e soja, por exemplo —, e qualquer aumento de compra externa tem potencial para provocar uma alta de preços internamente.
Além da crise sanitária, a perda de valor da moeda brasileira tem como pano de fundo as incertezas dos investidores com o rumo das contas públicas. O impacto dessa desvalorização fica evidente no IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado). Conhecido como a inflação do aluguel e muito sensível ao comportamento do dólar, o IGP-M deve terminar este ano com uma alta superior a 20%.
Impacto no mercado de trabalho
Mesmo com as medidas de auxílio lançadas pelo governo, a taxa de desemprego veio renovando recordes desde julho no país. Sendo assim, à medida que os trabalhadores que perderam sua ocupação na pandemia passaram a buscar um emprego após o relaxamento das medidas de restrição e redução do valor do Auxílio Emergencial.
De acordo com o último dado oficial, o desemprego saltou para 14,6% no 3º trimestre encerrado em setembro, afetando 14,1 milhões de brasileiros, com uma perda de 11,3 milhões de postos de trabalho em 12 meses e com mais da metade da população em idade para trabalhar sem ocupação.
Vimos neste artigo como a saúde influencia na economia. Graças a saúde, a economia no país mudou muito nesse último ano, devido a pandemia. E assim como vimos em um artigo anterior que já escrevemos intitulado “Oportunidade para Crescer: aproveite as oportunidades de compra geradas pelo início do ano”. O ano de 2021 está com uma perspectiva de melhora boa. Sendo assim, vamos aproveitar esse ano e não perder as oportunidades.
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